28 de agosto de 2007

EXPONI 4: parte 3

Em busca do Jardim Botânico

Finalmente, realizado o sonho de entrar nos tubos e andar no biarticulado em Curitiba (e sentado no último banco hein), estávamos nós dois a bordo de um ônibus que não sabíamos nem de onde vinha nem para onde iria! Isso mesmo embarcamos no primeiro que chegou, sem nem mesmo saber o itinerário dele.




Mas o que adiantaria também, não conhecíamos nenhuma linha, e o mapa não nos ajudou muito não é mesmo. Por isso arriscamos qualquer linha. Nosso objetivo era chegar novamente no eixo leste oeste, onde fica a parada do Jardim Botânico, que vimos lá no mapa. Como imaginamos que estávamos seguindo para o norte, um ônibus que vinha no sentido contrário certamente nos levaria para o sul, e cruzaria com o eixo leste oeste (nossa que confusão), onde pegaríamos outro ônibus que nos levasse para lá. E realmente deu quase tudo certo, a não ser pelo fato de que não havia integração dessa linha que pegamos, com as linhas que atendem a parada do Jardim Botânico e seguem sentido Centenário ou Pinhas, tendo somente para o sentido Campo Comprido, oposto de onde deveríamos ir. Então, resolvemos descer na estação tubo em frente a antiga estação ferroviária de Curitiba.


Como não havia possibilidade de seguir sentido Jardim Botânico dali, o que o espertão aqui pensou: “Vamos seguir no sentido contrário mesmo, que certamente deve ter um terminal com integração no caminho. Então a gente desce nele, sobe no ônibus para o outro sentido e seguimos finalmente até o Jardim Botânico”. A Deise, sem nenhuma outra alternativa, topou a proposta. E lá vamos nós, seguindo para o até então desconhecido Terminal Portão. Esperando que ele fosse perto, seguimos a viagem tranquilamente, contemplando a bela paisagem da capital Paranaense. Porém, passaram-se 1, 2, 3, 4 tubos... 5, 6, 7, 8 quarteirões... 9, 10, 11, 12 minutos, e nada do suposto terminal chegar.

Os risos provocados pelos solavancos que tomamos dentro do ônibus, por não estarmos acostumados a andar em pé dentro de ônibus com câmbio automático e motor tão forte, foram logo substituídos por ares de preocupação. Via-se no ar perguntas: “Para aonde estamos indo”? “Esse terminal não chega”?
Aliás, a Deise ameaçou me dar uns cascudos se eu falasse isso, mesmo assim vol falar. Com sua altura, digamos, normal (1,51m), ela sofreu muito mais com os solavancos no ônibus, e como geralmente ela não tinha onde se apoiar (ou não alcançava), sobrava pra quem? Para o “balaustre móvel” aqui (1,82m), tentar segurar os dois. Sem sucesso é claro, afinal se já é difícil se segurar, imagine segurar duas pessoas, num ônibus como esse,

Pelo tamanho da criança, imaginem nós soltos aí dentro!

Resultado: um festival de trancos, sustos, esbarros, trombadas nos outros passageiros e por aí vai! rsrs

Cerca de 30 minutos depois, chegamos ao Terminal Portão. Preocupados com o horário, afinal essa “viagem” nos custou um bom tempo, resolvemos nos informar. Realmente existia integração com o outro sentido da linha nesse terminal, só que não sabíamos qual ônibus usar para chegar ao Jardim Botânico. Vimos algumas pessoas juntas no terminal, que pareciam ser funcionários, e que estranhamente se dispersaram quando nos aproximamos, parecendo fugir de nós, ou de nossas chatas perguntas de turistas. Espantados, perguntamos a um rapaz que acredito ser um fiscal do terminal, único do grupo que não conseguiu fugir de nós. Com a tradicional “seriedade curitibana”, marca registrada deles e que lhes dá a injusta fama de “povo frio”, ele nos explicou de forma pouco prática como alcançar o nosso objetivo. Aliás, esse não é o forte de alguns curitibanos: dar informações. As vezes, conseguimos arrancar no máximo, um “uhumm”, ou um “ali” e em alguns casos, incríveis “não, não é aqui”! Fazer o quê, afinal cultura é cultura!
Mas isso não foi problema, pois logo viria o ônibus que tanto esperávamos,e podemos assim, finalmente chegar ao esperado Jardim Botânico!


Há!!! Finalmente, O Jardim Botânico!Depois de muita procura encontramos o nosso oásis. E para comemorar a façanha, fizemos até pose de conquistadores, celebrando a grande conquista de nosso objetivo.


E todo sacrifício valeu a pena, pois o lugar é realmente muito lindo! Logo na entrada, tem-se idéia da beleza e tranqüilidade do parque, com um clima de natureza tranqüilizador, depois de uma longa “viagem”! Uma grade ponte muito simpática, que fica sobre um belo lago, nos recebe na entrada. E a Deise não perdeu tempo, como gosta muito de pontes (não me perguntem por quê), já correu para fazer parte do registro, e embelezar ainda mais a paisagem!

Havia um lugar em especial no Jardim Botânico, que queríamos conhecer: a estufa de vidro, que apelidamos carinhosamente de “Palácio de Cristal” (quer dizer, eu já tinha ouvido chamá-lo assim, mas ele merece o título). Um dos principais e mais conhecidos pontos turísticos de Curitiba, o Palácio de Cristal que só tínhamos visto por fotos ou pela TV, estava ali, diante de nós, com todo sua grandeza. E pela imponência dele, mereceu uma sessão especial de fotos:

A primeira vista do Palácio de Cristal


Fonte que recebe os visitantes, na entrada do Palácio

Céu nublado não tirou a beleza do lugar

O interessante desse local, é que ele não se limita ao Palácio. Um imenso jardim todo decorado e muito bem cuidado enfeita a frente do paalãcio, dando ainda mais charme e beleza ao lugar. Fontes, Cascatas e uma extensa área verde que conta inclusive com os chamados Capão (um tipo de habitat natural, típico da região).

Jardins do Palácio: um grandioso labirinto verde

Vista da cascata que embeleza a escadaria de acesso

Já pensou, um jardim destes em frente de casa?!

Essa fonte é um dos cantinhos mais sossegados do parque


As simpáticas Araucárias, árvore típica do Paraná

O interior do palácio nos reservou muitas surpresas, com uma beleza e zelo tão grande quanto encontramos no lado de fora. No piso inferior, uma pequena queda d’água em meio à rochas e inúmeras plantas, cercadas de pedras mergulhadas em pequenos lagos que rodeiam todo o espaço, nos deram uma sensação de paz e prazer indescritíveis.


Um gostoso som da queda de água, pacífica o interior do Palácio

Construção toda de vidro, torna o ambiente muito agradável

O piso superior tem um vista linda e privilegiada do parque e de todo o seu entorno, inclusive podemos ver boa parte da cidade de Curitiba, sua imensidão de prédios e casas erguidos no relevo predominantemente formado de colinas, e a tranqüilidade que um belo sábado de manhã no parque pode proporcionar.

Vista panorâmica do alto do Palácio


O sorriso dos dois demonstra a alegria e o prazer do momento!

Passeamos um bom tempo ainda pelo parque. Lá além de toda a beleza que ele tem a oferecer, tem outras atrações para se aproveitar, como uma ferinha de artesanato, um espaço para exposições e um pequeno criadouro de animais, onde algumas espécies são criadas, além do grande lago que abriga muitos peixes bem variados. Com tanta coisa pra ver, mas com pouco tempo, afinal já era mais de meio-dia e tínhamos de chegar a EXPONI ainda, deixamos o parque rumo ao nosso único ponto de referência, a rodoferroviária. De lá fomos passear na anitga Estação Ferroviária de Curitiba, que hoje em dia virou um shopping center, e que tem diversas atrações na seu interior, como o nostálgico museu ferroviário, que infelizmente não pode ser fotografado.

Antiga estação ferroviária de Curitiba

Chegar lá foi outro martírio, que depois da bela passagem pelo parque, nem vem ao caso.

E assim terminou nosso passeio pela maravilhosa cidade de Curitiba. Uma cidade bonita e que sabe receber muito bem seus visitantes. A organização da cidade torna fácil transitar por ela, e a estrutura oferecida de suporte aos visitantes, como a linha de turismo e os inúmeros pontos de informação, auxiliam muito bem quem deseja conhecer os inúmeros e belos pontos turísticos da cidade. Mesmo com todas as nossas trapalhadas, causadas mais pela ansiedade de conhecer a cidade do que a desinformação em si, podemos passar ótimos momentos na capital paranaense, que certamente ficarão em nossa memória para sempre.
Essa é a diferença, entre lugares que nunca mais sairão da nossa memória, e outros que muitas vezes não dá vontade de passar perto mais, como algumas cidades do nosso país. São como as pessoas que entram na nossa vida, onde existem os que não nos fazem bem e que desejamos esquecer para nunca mais nos incomodarem, e há aqueles que nos fazem tão bem, que jamais esqueceremos. Se Curitiba fosse uma pessoa, eu diria que encontrei uma grande amiga!

Agradecemos a todos que nos acompanharam nossa jornada pela cidade luz, e também a todos os curitibanos que são os maiores responsáveis por tudo isso que vimos aqui.

Abraços a todos e até a próxima, que sabe, na sua cidade!

Diegobuss GV
ABC BUS

2 comentários:

Ronaldo Ribeiro disse...

Poxa... cai meio que de pára-quedas no seu blog... queria agradecer pelas palavras que você dedicou a nossa cidade e aos meus conterrâneos. Ainda bem que aquela visão de que Curitibano é um povo fechado tá mudando. Volte mais vezes meu caro, a cidade tem muitos encantos pra todos. Não troco ela por nada.

Parabéns pelo blog... ateh mais

Diegobuss GV disse...

Obrigado Quik!!!

Realmente foi um prazer imenso conhecer Curitiba, a cidade é muito linda! Minhas palavras foram inspiradas em tudo de bom que pude encontrar ai!!!

Tenho planos para voltar ai em breve, pois quando a visitei não tive tempo de conhecer tudo o que a cidade oferece!

Quanto aos curitibanos serem frios, é uma característica de algumas pessoas daew (é assim que fala né?! rssrsr), mas alguns interpretam como esnobe, o que eu não acredito, acho somente que eles demoram um pouco mais para ter liberdade com aqueles que não conhecem! hehehe